Primeiro projeto verticalizado de cultivo racional de Macaúba é estruturado no Noroeste de Minas Gerais
terça-feira, junho 09, 2015
Adquirida pela empresa SOLEÁ, a Fazenda Espelho, localizada no município de João Pinheiro (MG), concretiza mais uma etapa do processo de cultivo e exploração da Macaúba. Com o objetivo de dar base à produção de frutos da palmeira para a indústria, a intenção é promover o plantio de mais de 10.000 hectares de Macaúba em cinco anos.
O projeto
A propriedade de 2.300 hectares contará com um investimento de R$ 26 milhões para o plantio da Macaúba e também para a Planta Industrial Piloto. Somente nos primeiros 1.000 hectares, serão criados aproximadamente 100 empregos diretos e indiretos, por meio da implantação da cadeia produtiva e a demanda regional por serviços, logística e insumos.
Segundo o controlador da Soleá, o Sr. Aurélio Pastori, a parceria com a empresa Acrotech se fez fundamental para o projeto, uma vez que a tecnologia empregada no processo de germinação das sementes e de produção de mudas se traduz em plantas de excelente qualidade e de origem genética conhecida.
– Estamos desenvolvendo um projeto de grande porte, com investimentos substanciais de médio e longo prazo e não podemos correr um risco desnecessário na escolha do fornecedor de mudas. A qualidade da muda está diretamente relacionada à produtividade e rentabilidade do cultivo, e uma muda de qualidade duvidosa poderia comprometer todo o projeto. Por estes motivos e pela seriedade e profissionalismo, a Acrotech é nossa fornecedora de mudas. – explica Aurélio.
Importância do projeto
Além da geração de empregos, o projeto da Soleá, em parceria com a Acrotech, representa o primeiro grande projeto de cultivo racional da Macaúba associado à usina de processamento. A iniciativa possibilitará o aprimoramento contínuo do cultivo racional da palmeira, por meio de pesquisas que serão desenvolvidas junto à Universidade Federal de Viçosa (UFV) e demais Instituições de Pesquisa.
A fazenda abrigará 50 hectares de Unidades Demonstrativas de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), áreas irrigadas e adensamento diversos, que evidenciam a versatilidade da Macaúba, sendo uma importante vitrine para a cultura.
– Em 2009, quando iniciamos o projeto, havia poucas informações a respeito do cultivo racional da Macaúba. A empresa contratou uma equipe de profissionais da área e iniciou um trabalho de levantamento de toda informação e artigos científicos existentes. Também contatou dezenas de pesquisadores brasileiros e estrangeiros que haviam trabalhado ou estavam desenvolvendo pesquisas com a espécie. “Tivemos que costurar uma colcha de retalhos com muitas peças faltantes, mas hoje temos resultados confiáveis e animadores para seguir em frente com o projeto”, completa Aurélio.
Para o empresário Gláucon Cardoso, da empresa Aplic Tecnologia de João Pinheiro, o projeto da Soleá é um grande agregador de benefícios para o mercado da Macaúba e para a região.
– É uma grande oportunidade para introdução da Macaúba como atividade de interesse econômico, visto que até então, é uma planta que embeleza o Cerrado devido à sua imponência e atua como abrigo de aves e fonte de alimento. A introdução de tecnologia moderna para cultivo, condução da lavoura e processos industriais implicará na qualificação de mão-de-obra, respeito ao meio ambiente com técnicas de conservação do solo e da água, proteção de mananciais, reservas legais e áreas de preservação permanente, sem falar na produção de biomassa e consequente sequestro de carbono. E ainda existe o fator social. Atualmente os produtores rurais estão desmotivados e descrentes quanto ao uso dos imóveis rurais por causa dos riscos do investimento em atividades agrícolas pouco rentáveis, com impacto na perda de qualidade de vida devido ao decréscimo na renda. Esta perda de renda tem forçado famílias inteiras a migrarem para a cidade em busca de melhores proventos. Contudo, o projeto da Soleá poderá ter um impacto positivo muito grande quanto à reversão deste êxodo rural moderno.
Macaúba
A Macaúba é uma palmeira nativa do Brasil, sendo encontrada em grande parte do território nacional. Tem seu início de produção aos cinco anos, sendo o fruto o principal produto da planta, que é transformado em óleo da polpa, óleo da amêndoa, farelo da polpa, farelo da amêndoa, epicarpo e endocarpo. Seus produtos são utilizados na indústria de biocombustíveis, cosmética, farmacêutica, de nutrição animal e de carvão ativado. A espécie tem ganhado destaque pela grande quantidade de óleo produzida por hectare, 4.500kg de óleo de polpa e 1.000kg de óleo de amêndoa.
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Por Mateus Dias (Acrotech)
Fonte: Acrotech
1 comentários
Olá, existe alguma máquina que separe a polpa do caroço da macaúba? Obrigado!
ResponderExcluirAgradecemos seu comentário! Volte sempre :)